Albertina Berkenbrock testemunhou a ousadia da santidade preferindo o martírio à desagradar a Deus

“A nós, a quem não será dado provavelmente o martírio de sangue, mas certamente o da perseverança na fidelidade cristã, fica o exemplo da virtude cristã da Beata Albertina, da sua força e da sua radicalidade”, afirmou o Cardeal José Saraiva Martins na cerimônia de beatificação da jovem Albertina Berkenbrock que nasceu no povoado de São Luís, município de Imaruí em Santa Catarina no dia 11 de abril de 1919.

Filha dos agricultores alemães Henrique Berkenbrock e Josefa Boeing, a jovem desde cedo foi educada no conhecimento e vivência da fé, da oração e dos fundamentos da Igreja Católica. Foi logo introduzida no mistério da vida cristã pelos sacramentos do Batismo, Primeira Comunhão e Crisma. Sempre muito dedicada, a jovem ajudava os pais nos trabalhos da roça e sempre se mostrava resignada frente aos insultos dos seus irmãos. Era muito querida pelas amigas e na escola destacava-se pelo aprimoramento rápido do conhecimento ao catecismo e mandamentos. Dividia com suas colegas mais pobres o alimento que trazia de casa e era muito elogiada por sua modéstia. A beleza da jovem era uma característica acentuada.

No dia 15 de junho de 1931, Albertina foi, a pedido dos pais, à procura de um boi que havia se desgarrado. Foi então que Indalício Cipriano a viu e foi ao encontro da jovem para infortuná-la. Ao caminhar certa distância encontrou Indalício que a indicou o caminho errado do boi e ao seguir a jovem foi surpreendida pelo homem que propôs a jovem, intenções libidinosas. A jovem não aceitou e lutou bravamente contra o agressor. Devido a sua estatura física, Albertina conseguiu derrubar o assassino que para vingar-se da resistência da jovem, agarrou-a pelos cabelos e a degolou com um golpe de canivete.

“Albertina foi uma menina que ousou ser santa”, disse Dom Jacinto Bergmann, bispo da diocese de Tubarão durante a cerimônia de beatificação de Albertina que aconteceu no dia 20 de outubro de 2007, cujo descreto foi assinado pelo Papa Bento XVI e lido durante a solenidade pelo Cardeal Saraiva Martins. Sua festa litúrgica foi fixada em 15 de junho.

Fonte: Beata Albertina Berkembrock | ZENIT – O mundo visto de Roma